PNAIC-Algodão de Jandaíra - Pb
Alfabetizar letrando é nosso compromisso!
domingo, 11 de outubro de 2015
domingo, 23 de março de 2014
TRABALHANDO A LEITURA E A ESCRITA DE MANEIRA DIVERTIDA.
João Batista da Silva Ramos
Professor cursista do PNAIC
Pensando em trabalhar os seguintes direitos de aprendizagem:
ler textos não - verbais, em diferentes suportes, reconhecer finalidades de
textos lidos pelo professor ou pelas crianças, ler em voz alta,com fluência em
diferentes situações e relacionar textos verbais e não verbais construindo
sentido. Realizei uma sequencia didática intitulada “Explorando a literatura em sala de aula”, a mesma teve duração de
uma semana, iniciamos realizando a leitura de textos verbais e imagéticos, ou
seja, exploramos a capa e a contracapa do livro dando destaque ao autor e
ilustrador principalmente, fazendo menção ao texto não verbal, com isso a turma
aprendeu a identificar os tipos de textos e qual a função social que demanda
cada gênero textual. No segundo momento, pedi à turma que criassem palavras a
partir da letra inicial do próprio nome conforme iam surgindo palavras eu as
escrevia no quadro e quando juntamos certa quantidade fizemos leitura coletiva
em voz alta e discutimos o significado de cada uma das palavras. Feito isso,
fizemos um ditado relâmpago e todos gostaram da ideia.
Em outro
momento trabalhamos a ideia de masculino e feminino, aproveitando o titulo do
livro “Que delícia de bolo!”, de
Elza e Silvia Calixto. Sugeri que falássemos sobre algumas receitas de bolos e
depois de citarem os ingredientes destacamos a origem do leite e da manteiga
que vem da vaca em seguida elaborei uma lista com nomes de animais e pedi que
dessem o feminino a partir do seguinte modelo:L( A vaca é a fêmea do boi), por fim
propus que montássemos uma roda de
conversa para descrever oralmente os muitos tipos de produtos feitos a partir do leite
e os ingredientes utilizados para se fazer um bolo após termos terminado
discutiríamos a origem de cada um dos ingredientes. Todos concordaram, e deu
tão certo que quase não pararam de dar sugestões. Com essa aula foi possível de
maneira bem simples destacar os produtos regionais e a pratica da agropecuária
no município e nas outras regiões do país como meio de subsistência de muitas
famílias e para produção comercial.
Concluímos que a alfabetização tem
levantado muitos debates, em vários setores relacionados a educação. E nesse
universo procuramos fazer uma reflexão em torno da prática da alfabetização
envolvendo o processo de leitura e escrita, com isso possibilitando um melhor
entendimento sobre esse tema tão discutido atualmente.
Para entender o processo da leitura e escrita, assim como sua
evolução buscamos compreender as concepções infantis através dos estudos de
alguns autores a exemplo de Emíllia Ferreiro e Cagliari. Desse modo,
constatamos que a visão do que vem a ser a ação de alfabetizar está muito além
daquilo que imaginamos.
Em relação à
educação, é correto afirmar que a teoria não servirá para coisa alguma se não
aplicarmos a prática. Pois, é a concepção dos processos de aprendizagem que nos
possibilita ampliar nossa percepção e vislumbrar outras formas de ensinar
abrindo precedentes para que muitas outras pessoas procurem agir da mesma
maneira focando sempre o melhoramento das técnicas aplicadas ao magistério.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Diretoria
de Apoio a gestão Educacional. Pacto Nacional pela alfabetização na idade
certa: Planejamento e organização da rotina
na alfabetização: ano 3 : unidade 1 / p. 31. – Brasília: MEC, SEB, 2012.
Cagliari,
Luiz Carlos. Alfabetização sem o ba – be
– bi – bo – bu. São Paulo: Scipione, 1998.
FERREIRO,
Emíllia. Alfabetização em Processo.
2ª ed. São Paulo: Cortez, 1992.
TRABALHANDO A OBRA “O CAMINHO DO RIO” NA SALA DE AULA
Franciele Medeiros
O trabalho foi desenvolvido com uma
classe multisseriada do ciclo de alfabetização e possui treze alunos, sendo 5 do
1º ano, com 6 anos de idade, 3 do 2º ano com 8 anos de idade e 5 do 3º ano,
sendo os alunos com as idades de 8,9,10,15 e 17 anos. Meus alunos apresentam
níveis de aprendizagem diversificados. Em média, 50% dos alunos estão no nível
silábico e os outros 50% encontra-se em mudança dos níveis de escrita silábico-alfabético
para o alfabético.
Quanto
à progressão do aluno nos níveis de escrita é bastante particular, uma vez que,
“a criança passa por avanços e recuos
durante todo o processo de construção da escrita, ainda que seu desenvolvimento
esteja diretamente relacionado com seu nível inicial de contextualização”
(SILVA, p. 17, 2003). Para um maior aproveitamento das situações didáticas
realizadas, procurei formar grupos de alunos que estavam nos níveis de escritas
aproximados.
O
objetivo desta sequência didática foi utilizar o livro “o caminho
do rio” para interagir literatura com assuntos presentes na vida do aluno;
trabalhando nesse caso, a importância da água dos rios e também analisar a
linguística de palavras escrita com R/RR.
Iniciei os trabalhos explorando a imagem da
capa e o título do livro “O caminho do rio”, provocando nos alunos a expressão
verbal de seus conhecimentos prévios sobre o conteúdo abordado pelo livro.
No segundo
momento realizei a leitura na integra do livro apoiando-se nas ilustrações
do texto. Em uma segunda leitura do texto os alunos iam comentando
espontaneamente as imagens do texto, expressavam oralmente, o que achavam de cada
acontecimento do livro. Durante essa
leitura eu ia fazendo relação do texto com o conhecimento que os alunos tinham
sobre as características dos rios da localidade.
Depois que exploramos todas as partes do livro
e apreendemos o tema tratado no texto, pedi aos alunos que falassem o nome das
personagens que apareceram no desenrolar da historia, e, eu ia escrevendo no
quadro uma lista de palavras. Após os alunos ditarem as personagens, eu pedi
que eles escrevessem no caderno as personagens, separando em duas colunas, uma
com as palavras que tinham a letra R/RR e outra com as palavras que não tinham.
Na segunda aula trabalhei com a turma o eixo oralidade.
Num primeiro momento fiz a reapresentação do texto através da ilustração
visual. E, em seguida os alunos iam participando recontando a historia com suas
palavras, a partir do material lúdico.
Foi interessante o quanto os alunos se
envolveram nesse momento. Com o auxilio do texto não-verbal a turma não teve
dificuldade em recontar a história, mesmo sem o apoio do texto escrito. É por situações
como estas que percebemos o quanto o lúdico favorece a aprendizagem do alunado.
No segundo
momento levantei uma discussão sobre o porquê de a comunidade ter o nome Riacho
dos Negros. Nesse momento, foi possibilitado aos alunos que sugerissem hipóteses
sobre a origem do nome “riacho dos negros”, questionassem as possíveis causas
desse nome, argumentassem em defesa de suas idéias, sempre respeitando as
opiniões dos colegas. Apesar de não
termos chegado a uma conclusão precisa sobre a origem do nome as hipóteses levantadas
foram bastante coerentes.
No
terceiro momento, ainda trabalhando a oralidade, procurei realizar atividades
que favorecessem a apropriação do sistema de escrita relacionando pronúncia e
escrita de palavras. Junto com os alunos listei todos os rios que tem na
comunidade, enfocando o nome que as pessoas da comunidade costumam identificá-los.
Depois retomei o texto “o caminho do rio” relacionando-o com as características
dos rios locais, enfatizando a importância dos mesmos para a vida da
comunidade.
Os procedimentos dos trabalhos aconteceram
interligados, sempre procurando dar continuidade temática. Na aula seguinte,
fiz uma releitura do texto. A partir do texto escrito os alunos identificavam na
ilustração lúdica as partes do texto que acharam mais interessantes. Nesse
momento, os alunos iam listando no quadro os trechos interessantes, aqueles que
ainda não dominavam o sistema de escrita copiavam os trechos do livro.
É importante ressaltar o quanto a ludicidade
favorece o processo ensino-aprendizagem do aluno. Mais uma vez faço menção aos
estudos do PNAIC, quando na unidade 04, (Brincando na escola: o lúdico nas
escolas do campo, 2012) podemos aprofundar nossos conhecimentos sobre o
trabalho com o lúdico e comprovar que realmente a ludicidade estimula o
desenvolvimento de diferentes habilidades expressivas e criativas (p.11).
Nesse
momento trabalhei com a turma a pronúncia das sílabas formadas por R e RR.
Provocando nos alunos o levantamento de hipóteses quanto ao uso do R/RR. Eu ia
escrevendo as hipóteses feitas pelos alunos no quadro; depois, pedi que eles
registrassem no caderno. Num segundo momento dividi a turma em grupos, considerando
os níveis de escrita próximos. Uma aluna leu o texto em voz alta. E, a partir
da leitura, pedi que os grupos escrevessem as palavras do texto que tinha a
letra R/RR, podendo ainda acrescentar outras.
A
atividade em grupo em que os alunos tinham que pensar para escrever palavras
com R/RR possibilitou aos mesmos o levantamento de hipóteses quanto à escrita
das palavras fazendo-os compreender que as palavras são compostas por unidades
sonoras e que palavras diferentes podem ter unidades sonoras iguais.
Para tornar esse aprendizado mais prazeroso e
eficaz, propus a turma que escrevêssemos o nome de diversas brincadeiras que
tivessem a letra R/RR. Dentre as brincadeiras citadas fizemos uma votação para
descobrir qual seria a preferida pela maioria. E, a vencedora foi “pular corda”.
Então, fomos praticar a brincadeira. Mas para tornar a brincadeira desafiadora resolvemos
inovar e descobrir quem conseguiria passar mais tempo pulando corda com a boca
cheia de agua ou segurando um copo com água.
Mais uma vez retomo aos estudos do PNAIC,
unidade 04 (Brincando na escola: o lúdico nas escolas do campo, p.11, 2012), “as
brincadeiras contribuem não só para o desenvolvimento cognitivo, mas também o
motor, o social e o físico”. Quando consideramos as vivências dos nossos
alunos, permitindo que o prazeroso, divertido, atrativo faça parte de nossas
rotinas didáticas o mundo da aprendizagem ganha um sentido real. No contexto
rural também deve ser assim, inovando e renovando, resgatando e incorporando as
brincadeiras “às rotinas didáticas escolares, considerando que a aprendizagem
pode se efetivar ludicamente” (p.11).
Para concluir essa sequência didática, e, considerando
as hipóteses levantadas pelos alunos, pedi
que a turma escrevesse em um cartaz as regras de uso do R/RR. Depois fixamos as
regras no mural da sala. E, para exercitar tudo o que aprendemos realizei um
ditado de palavras com a letra R/RR. Corrigindo coletivamente o ditado, a turma
pode repensar e reescrever as palavras.
A
avaliação se deu no decorrer do desenvolvimento das atividades, por meio da
observação, do envolvimento dos alunos nas situações didáticas propostas e do
progresso dos educandos no processo ensino-aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Enquanto
professora do ciclo de alfabetização e cursista no PNAIC, tenho concluído: ser
professor é uma arte que nos possibilita repensar, realizar, reavaliar, inovando
sempre. Buscando a cada dia, qualificar-se para poder qualificar. E, é
justamente isso que o PNAIC nos tem proporcionado, o resgate do antigo para
construir o novo.
Referências
BRASIL. Secretaria de Educação
Básica. Diretoria de Apoio a Gestão Educacional. Pacto nacional pela
alfabetização na idade certa: currículo
no ciclo de alfabetização: perspectiva para uma educação do campo: unidade 01.
Brasília: MEC,SEB,2012.
A LITERATURA DE CORDEL NA SALA DE AULA
Josefa Lopes do Nascimento[1]
Professora cursista do pacto Nacional.
O projeto tinha como objetivo geral: Compreender
e reconhecer a função social do gênero cordel, bem como suas características
básicas através de práticas de leitura, produção e análise linguística
reconhecendo sua importância na cultura popular.
E como objetivos específicos: Despertar
o gosto e o desejo pela leitura; Compreender o contexto de produção próprio da
literatura de cordel; Interpretar recursos linguísticos empregados
em textos poéticos dos gêneros, em especial a rima; expor para a comunidade os
trabalhos realizados durante o projeto.
Os alunos também puderam dramatizar
alguns cordéis. Após serem estudados, os cordéis eram analisados para encontrar
a melhor forma de passar para os demais colegas a mensagem do texto. E por
ultima tivemos a criação d um cordel em forma de convite, o qual seria entregue
a comunidade convidando-os para apresentação do projeto na escola. Houve a
participação dos membros da comunidade e das coordenadoras da escola. Os alunos
puderam expor seus trabalhos, ler alguns cordéis e dramatiza-los.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. Ed.
Cortez, 47ª edição, São Paulo, SP, 2006.
GALVÃO, Ana Maria de O. Cordel:
leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
Pacto Nacional Pela
Alfabetização na Idade Certa – coletâneas
de textos didáticos. 2013
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